Enquanto o Brasil pára tentando descobrir quem matou Odet... quer dizer, Taís, uma outra expectativa já vai se criando no imaginário nacional. O grande Antônio Fagundes, que tem um mentor e tanto, prepara mais um personagem inesquecível. E para garantir a boa forma, e uma reprise do sucesso de Felipe Barreto (aguardem), Fagundes meteu logo aquele bigodão descabelado que vocês vêem na foto abaixo.
Não tem reforma ortográfica que supere um bom bigode!
E pra quem duvida que é o bigode que dá poder a Fagundes, vejam o vídeo abaixo.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
#102 - Juvenal Antena
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
#100 - Thomas Sullivan Magnum IV
A presença máscula e peluda de Magnum nas tardes praticamente obrigava a programação televisiva a manter um outro nível de espetáculo, um superior. Lula & Juba, Um Príncipe em Nova Iorque, Ferris Bueller, Molly Ringwald, Tom Cruise bancando o cafetão pra pagar uma dívida no submundo... todos ali na grade para sustentar a ausência do defensor da lei e dos bons costumes e das camisas estampadas.
Magnum, ex-fuzileiro naval, vive na propriedade havaiana de Robin Masters, um autor de romances biliardário que mal dava as caras no seriado e deixava tudo ali na mão do mais confiável dos homens americanos vivos - inclusive uma pusta Ferrari conversível. Com seu mini-frigobar sempre bem-disposto de cervas e várias mulheres demarcando território a seu redor, o detetive deitava e rolava.
Magnum rendeu a seu intérprete um Emmy em 1984 e fama e respeito mundiais. Selleck é reconhecido para todo o sempre como um ícone das telas e um eterno bon vivant e galã por natureza. O carisma que seu bigode lhe rendeu até hoje jamais conseguiu ser superado por nenhum outro artefato sexual no Universo - inclusos aqui as tranças de Dalila, a pélvis do Rei, a pinta de Marilyn Monroe, a espada de Conan e os shorts de Renato Gaúcho.
Selleck, que é melhor descrito como "um homem alto (1.93m) que sempre está de bigode" carrega na vida real a solidez de seu mustache. Ele foi o ator original escolhido para viver a saga de Indiana Jones, o que não aconteceu porque os produtores de Magnum não o liberaram. Selleck viveu nas telonas o papel de um dos 3 solteirões que se vêem com um bebê na porta de seu apartamento, um clássico do cinema-família-calhorda. Recentemente, Selleck foi convidado a participar da série "Friends", onde aparecia sorrateiramente como Richard, um grande amigo do pai de uma das mocinhas que era chegada nas investidas de seu bigode. Conta-se que nas gravações em que Selleck participou, o entudiasmo da platéia era tal que ficava inviável gravar com o público presente, tendo a produção necessidade de inserir aquelas risadas artificiais para plano de fundo das gags.
A prova cabal do como o bigode de Selleck o tornou o verdadeiro Magnum pode ser vista nesse flagrante obsceno de autêntico nu frontal do cinema americano. A cena é forte e nós não recomendamos a fracos de espírito!terça-feira, 28 de agosto de 2007
#101 - EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA: Master! Master!
Uma nota do jornalista Ancelmo Góis em sua coluna desta terça-feira chamava a atenção até mesmo do mais desatento leitor:
"Uma briga de vizinhos na Rua Domingos Ferreira, em Copacabana, foi parar na Justiça. É que uma mulher xingou o síndico do prédio onde mora de 'viado, desgraçado' y otras cositas más.
O síndico exigiu indenização por danos morais e levou R$ 600 na primeira instância. A moradora, então, pediu na 8 Câmara Cível 'perícia no ânus' do rapaz. Mas o desembargador Luiz Felipe Francisco decidiu que ela terá é de pagar R$ 8 mil ao síndico."
Pois bem, mais tarde descobre-se que o tal prédio na Domingos Ferreira é nada mais nada menos que o Edifício Master (Alugue o filme!). A matéria explica toda a história. Leiam, é surrealismo puro.
#99 - Super Mario
Nenhum bigode marcou uma geração como o de Super Mario, personagem de videogame que virou mascote da Nintendo. Mario foi para muitas crianças o primeiro contato com um bigode de valores. Sua série, antes de tudo, mostrava que cabeça dura é que ganha jogo, e garantiu horas de diversão entre canos, cogumelos e até mesmo baiacus. O educativo Mario Kart - a versão automobilística das aventuras da turma de Mario -, com seu trânsito caótico em pistas repletas de obstáculos, foi a verdadeira escola preparatória de jovens motoristas do Rio de Janeiro. Era também a alegria de pais e mães, que levavam a fita pra casa seguros que a criançada não incomodaria por um bom tempo, encantada pelos castelos, mundos e labirintos que só um bigode poderia desafiar.
Mas Mario não foi unanimidade em seu tempo, e gerou acaloradas discussões com amigos da rua que insistiam em ressaltar as qualidades de Alex-Kid-Na-Memória ou Sonic. A conclusão que chego é que, infelizmente, havia pais preguiçosos na boa e velha Mario (viu?) Portela. Enquanto meu pai, na melhor das intenções, rodou o centro da cidade inteiro para garantir o Super Mario Bros 3 das crianças, alguns preferiam a loja da esquina. Contentavam-se com o Sonic, que nunca descobri se é um cachorro, um esquilo, um tatu ou simplesmente um bicho(a). Mas, enfim, Sonic tem bigode? Fim de papo.
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Colaboração enviada por Renato Cosentino.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
#98 - um exemplo
"Todos creyeron que el encuentro de los dos jugadores de ajedrez había sido casual"
Herbert Quain, The God of the Labyrinth
No início era tudo euforia. Tínhamos descoberto a grande lacuna da internet e iríamos preenchê-la com o furor da nossa juventude e todo o esmero possível, considerando os danos causados por anos de abuso de álcool, drogas, semiologia e joelhos no Mosca Feliz. O mundo nunca mais seria o mesmo - estética ou moralmente - quando denunciassemos o descaso das autoridades em relação à importância do bigode como ícone cultural e ético no mundo inteiro. Vejam, por exemplo, esse caso.
O grande detetive Sherlock Holmes se valia de uma extraordinária capacidade de observação e de prodigiosa memória, além de sofisticados métodos de investigação, para resolver os casos que lhe eram confiados. Já o inepto detetive do imaginário livro The God of the Labyrinth, do não menos irreal Herbert Quain, manda para a cadeia, ao arrepio da lei, o criminoso errado, para ser desmascarado no final do livro pelo leitor.
Hercule Poirot não é assim. Ele não investiga, não observa e, principalmente, não erra. Colocado frente a um mistério, Poirot apenas deixa a vida seguir seu curso. Se mantém durante toda a história quase como um coadjuvante para, ao final, consultar seu angular bigode e chegar ao verdadeiro criminoso, na maioria das vezes contra todas as evidências apresentadas até então. Esse sim, o detetive definitivo.
Se alguém quiser me dar esse disco de presente, eu vou curtir.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
#97 - Marcel Duchamp
Nota editorial:
Já foram citados aqui alguns ídolos que, apesar de não usarem bigode, eram capazes de enfrentar as adversidades com exuberância e brios de um genuíno bigodudo. Bigodes de preconceito, do tipo invisível. Porém, como no IdB temos um rígido critério de seleção, mesmo caras sagazes do calibre de Gérson, Chuck Norris e Rod Stewart não puderam ascender a um post só deles. Eles foram grandiosos mas, lamentavelmente, não nos deixaram alternativas a não ser a mera citação en passant. A regra é clara e não pode ser relativizada: bigode no buço e no coração.
Entretanto, HÁ bigodes além do horizonte e, para conhecê-los, é preciso ver, em vez de apenas olhar, como ensina um papa de auto-ajuda empresarial. Dizia o mestre que o incipiente olho humano só reconhece o que está iluminado, dentro do campo de visão e bem na sua frente. Por isso, se queremos ser líderes na vida, devemos sempre buscar ver, adquirindo em módicas prestações uma tocha primitiva, ou binóculos, ou talvez um raio-x. Só assim, bigodes ocultos como o de hoje serão conhecidos.
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De Marcel Duchamp, pode-se afirmar que realmente usou bigode. Apesar de nunca tê-lo usado sob o nariz, usou a força do bigode para romper o pedestal e o paradigma, revolucionar e renovar as artes, num momento de crise.
Esse é o bigode de Marcel Duchamp. Depois dessa façanha, o que menos definiria sua persona seria seu rosto.
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Abaixo, temos uma reprodução de um de seus mais intrigantes trabalhos, curiosamente entitulado "o urinol".
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ps: para que não pensem que cometemos injustiças, vale lembrar que alguns antibigodes são publicados em repúdio aos desserviços que seus donos prestaram à penugem infra-nasal, para servirem de doloroso exemplo.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
#96 - Dignitae quae sera tamen
É certo que ser ocupar o cargo de diretor de Segurança da TAM não qualifica alguém para maiores vôos, mas o homem em questão mostrou a força moral e ética de um bom bigode. Há de se concluir que Marco Aurélio assumiu tal posto na companhia exatamente pelo entrevero que representa, confiando no poder de seus pêlos subnasais para manter os aviões da TAM nos céus e inteiros o maior tempo possível.
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
#95 - O poeta da violência
Nesses tempos imberbes em que nós vivemos é bem possível que alguns dos mais jovens e efeminados - diz-se que temos por aqui até mesmo mulheres - leitores deste blog não conheça Sam Peckinpah. A culpa na verdade não é de vocês, mas sim da TV Globo, que irresponsavelmente parou de exibir a sessão faroeste de sábado a tarde.
Aqueles filmes sim, formavam o caráter de nossos jovens. O maior deles possivelmente era "Meu Ódio Será Sua Herança", que rendeu um Oscar de roteiro original a Peckinpah em 1969. Aliás, naquela época os tradutores de títulos de cinema também usavam bigode. No original, o filme se chamava "The Wild Bunch". Nosso título é MUITO MELHOR. Ah, pesquisa rápida na internet mostra que em Portugal o título foi "A Quadrilha Selvagem". bleh
A garotada que acha que o Tarantino abusa da violência estilizada em seus filmes menores precisa ver as câmeras lentas de Sam. Se ele tivesse filmado "Cães de Aluguel", tenham certeza que a cena da orelha apareceria. Pelo menos na versão do diretor.
Quem tem alguma dúvida, assista ao filme "Traga-me a cabeça de Alfredo Garcia", a tradução desse é literal. O filme foi lançado depois do fracasso de Pat Garret & Billy Kid, que foi retalhado pelo estúdio. O próprio Peckinpah considerava esse o único que ficou exatamente como ele queria.
Resumindo, se alguém fosse fazer uma cinebiografia do bom Emir, esse homem teria que ser Sam Peckinpah.
PS nada a ver.: Hoje tem o julgamento do mensalão. Alguém conhece um bar que tenha pay-per-view? Com o Plebeu em obras fiquei sem pai nem mãe :( Se bem que com Zé e Bob Jeff no banco de reservas, tem tudo pra ser um fracasso...
terça-feira, 21 de agosto de 2007
#94 - O ditador dos ditadores
Emir Saad é considerado por muitos o melhor personagem do melhor cartunista brasileiro do século XXI. Como um legítimo representante do nosso tempo, André Dahmer é lido na internet, bem mais que em páginas de jornal. O site dele, o Malvados, tenho certeza que vocês já conhecem. Assim como o Monstro de Zazanov não deve ser figura anônima para a maioria dos nossos leitores e era muito aguardado. Nos faltava apenas uma efeméride para que essa grande figura bigodesca aparecesse por aqui.
Pois o autor nos brindou, nesta segunda-feira pós-para-pan, com uma crudelíssima seqüência sobre "O Massacre de Ürben Balt". Na definição do próprio autor, Ürben Balt era "uma cidade-presídio em que estavam confinadas dezenas de milhares de pessoas com problemas mentais, todas perseguidas pelo regime".
Pra quem achava que isso não era possível, o Malvado Dahmer conseguiu ir ainda mais longe no seu método impiedoso de fazer com que a gente ache graça do que há de pior no ser humano.
Chargista do Lance, Mario Alberto fez uma assustadora versão gollunesca do Bom Emir. a imagem pode ser vista aí do lado e no blog do Mario, que certamente vale uma visita.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
#93 - Homem do ano
Nas retrospectivas de fim ano um candidato sai com muita vantagem na briga pelo prêmio de Personalidade do Ano. Seu Renato Moreira, pai de Sirlei, a doméstica agredida por uma quadrilha de idiotas de classe média da Barra, demonstrou desde o início sobriedade e dignidade impressionantes.
Desde a primeira reação, "Que pai não fica revoltado ao ver a filha num estado daqueles?", até a declaração mais pensada, momentos depois: "Isso já passou. Estou compadecido com a dor dos pais desses meninos. Eles cometeram um erro. Vão ficar marcados na sociedade, mas não tenho raiva. Estou preocupado. Eles poderiam ser filhos de um Brasil melhor". Seu Renato não quer vingança, não quer sangue, não quer a destruição da elite do Brasil. Ele só quer Justiça. Na semana em que voltou ao noticiário o caso do mensalão, dá o que pensar.
Toda a dignidade que falta à nossa elite, ao nosso presidente, ao Lula e ao Dunga, seu Renato demonstrou durante o absurdo caso de violência que viveu.
PS.: Um 20 de agosto de 1951 nascia Phil Lynott, em Dublin. Vale uma revisitada.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
#92 - Big Phil
O IdB presta hoje sua homenagem ao chefe da pentacampeã Família Scolari. Um homem de profundo conhecimento e solidez de caráter, cuja zaga dos sonhos seria formada por Ricardo Rocha e Mentor.
Maior vencedor de jogos consecutivos em Copa, Felipão tem ainda em seu currículo as inigualáveis façanhas de ter mostrado o verdadeiro futebol falcatrua do ineficaz Denílson e de ter recuperado o complexo maître-paraíba Rivaldo a tempo de servir umas bolas deliciosas - umas verdadeiras lasanhas, diria Silvio Luiz - de bandeja para o folclórico centroavante Ronaldo "Garfield" Nazário.
(Fazendo uma breve mas merecida digressão, Rivaldo, a chaga, o stigmata do futebol brasileiro, era um grande jogador com o potencial não-realizado que, de fato, nunca rendeu o que podia por falta de uma bigoda à la Rivellino. O Noronha sabe, o Luís Mendes sabe, os mestres sabem: para ocupar aquela posição de número 1 do Zagallo no meio-campo, tem que ter bigode, seja um de pêlos reais ou um de preconceito. Felipão estava consciente da adversidade mas conseguiu, com a presença de seu próprio bigode, emanar vitalidade suficiente ao craque sorumbático.)
Concentração com Luiz Felipe é coisa séria e profissional. Uma hora para ser explosivo; e uma hora de ser constrito. Uma hora de marcar o adversário; e uma hora de matar o adversário. Nada de chuteirinhas amarelas calçadas por pseudocraques, amarelões da cabeça aos pés, indignos da amarelinha e com a mão amarelada de quem peidou na farofa. Ele é uma rocha; ele é uma ilha. Treino, treino, treino e, para descontrair - como bom gaúcho-cidadão-do-mundo -, um chimarrão dançante ao som dos Bee Gees, ou um chimarrão relax ao som de Simon&Garfunkel. Só toca o fino da Canção Americana no DVD da sala de estar da Família Scolari.
Infelizmente para os brasileiros, Felipão teve que atender a um chamado mais forte do que o patriotismo e foi compelido, pelo poder do Bigode, a treinar o time português. Para seu azar, a Publicidade e a mídia golpista colocaram Cristiano "Patinação Artística" Ronaldo em seu caminho. Mas 2010 vem chegando e esse entrave imberbe não tarda a rodar, ó pá.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
#91 - Axel Foley
Nos anos 80, essas coisas de jurisdição não atrapalhavam os verdadeiros tiras e Foley foi lá pra Rodeo Drive apavorar os granfas com sua indefectível jaqueta dos Lions de Detroit. Auxiliado por uma dupla de tiras brancos, porém bem intencionados, da terra do Brendo, da Brenda e da Donna, Foley desmascara uma poderosa quadrilha de traficantes - assassinos de policiais - comedores de criancinhas - produtores de boybands, trucida a todos e vinga assim a memória de seu amigo morto covardemente.
"Um Tira da Pesada" concorreu ao Oscar de melhor roteiro original e faturou o Grammy de melhor trilha sonora, o que foi uma barbada, já que a canção do filme se tornou um clássico instantâneo nos duvidosos anos 80.
De quebra, o filme lançou o jovem Eddie Murphy ao estrelato, o que lhe valeu mais dois filmes da série apoiados em sua comicidade e seu sagaz bigode! Murphy aparece no segundo filme da série já a bordo de uma vermelha Ferrari 308 GTS - sim, aquela mesma do Magnun. Coincidência?
Confira abaixo um trecho do filme que fez Eddie Murphy trilhar o caminho que o levou aos ovários de Mel B, a Spice Girl gostosa.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
#90 - Este verbete é 99% ficcional, ok?
Erik Nako é filho de pai norueguês e mãe japonesa. Os pais de Erik se conheceram durante a Segunda Grande Guerra. Seu Günter era tenente do exército e Dona Kamiro fazia parte do serviço de inteligência da aeronáutica do Sol Nascente.
No mesmo dia em que a base de Pearl Harbor foi atacada, um bombardeio semelhante deveria ter atingido o porto de Natal, ponto estratégico para os Aliados no Atlântico. O calor do Rio Grande do Norte, no entanto, causou uma pane nos aviões da Força Aérea Japonesa, que teria como apoio de terra alguns soldados da Noruega. A maioria dos invasores morreu, mas um casal sobreviveu após a queda de seu avião em um ilha próxima, Fernando de Noronha.
Ele viveram isolados por muitos anos, sem saber do final da guerra. Acabaram se casando e tendo muitos filhos, todos criados livres, mas com muita disciplina, na ilha paradisíaca.
Alfabetizado, Erik conheceu novas especiarias e sabores
Um desses era Erik, que logo se interessou pela incrível diversidade de cheiros e sabores das frutas e pequenos animais comestíveis do lugar. A língua de Erick é capaz de distinguir 847 mil sabores diferentes, assim como seu nariz reconhece o aroma dum tempero a até 15 km. Infelizmente no isolamento em que viviam, essas habilidades não eram muito úteis, dada a escassez de especiarias no noroeste de Fernando de Noronha.
Com o tempo, no entanto, a situação foi ficando mais complicada. A comida começou a escassear e a família de Erik precisou se aproximar da civilização. Sempre escondidos, com medo de que seu paradeiro fosse descoberto e eles fossem mortos pelos inimigos do Reich, roubavam galinhas nos sítios da ilha. A população local, no entanto, acabou desconfiando e descobrindo drama em que vivia aquela família. Os Nako, no entanto, não permitiam a aproximação de ninguém.
Como mostra essa matéria do Jornal do Brasil da época, aviões da FAB chegaram a jogar panfletos em japonês e norueguês para convencer os Nako do fim da guerra. A família só se rendeu, no entanto, quando Erik recebeu uma proposta de contrato para trabalhar numa famosa rede de restaurantes do Rio de Janeiro.
Hoje em dia, Erik é um dos mais promissores bigodes do país. Foi alfabetizado, descobriu que as ervas que usava para temperar seus pratos primitivos têm nome, além de ter sido apresentado a muitos outros sabores e aromas. Para saber mais sobre o trabalho do rapaz, visite o site http://www.cozinhacriativa.com/
terça-feira, 14 de agosto de 2007
#89 - Groucho Marx
Julius Henry "Groucho" Marx foi um dos maiores comediantes de seu tempo. Juntamente com seus irmãos, Harpo e Chico, faziam sucesso no cinema e teatro americanos como Os Irmãos Marx. O bigode, assim como as sobrancelhas, eram falsos e provavelmente Groucho ficava irreconhecível sem eles. Mesmo assim um ídolo, não somente por ter revolucionado a maneira de fazer comédia nos EUA e em todo o mundo, mas também por ter disseminado o uso do falso bigode como disfarce e inspirado a criação da "máscara" composta por nariz, bigode, sobrancelhas e óculos de aro redondo que povoaram uma série de desenhos animados por gerações.
Veja abaixo um imbecil aleatório usando a máscara e um trecho de "7 cent nickle":
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
#88 - Fernando Pessoa - A Metafísica do Bigode
O bigode de Fernando Pessoa não é nada. Nunca será nada. Não pode querer ser nada. À parte isso, tem em si os sonhos de todos os bigodudos do mundo.
Ensimesmado e metafísico, o lustroso bigodinho era fonte de angústia constante para o poeta, incapaz de elucidar a eterna questão: é o homem que define o bigode ou o bigode que define o homem? Enquanto cofiava o pessoano moustache pelas ruelas de Lisboa, não havia mendigo que não invejasse só por não ter que se preocupar com tão capilares questões.
Um dia, cansado de tanta tortura, Pessoa pôs em prática o experimento definitivo: cindiu-se em três e criou os famosos heterônimos, cada qual com sua peluda peculiaridade: o pacífico Alberto Caeiro, amante da natureza e inimigo da metafísica, recusava-se a debelar o buço e ostentava uma riponga pentelhama sobre os lábios; o romântico Ricardo Reis modelava o seu à pinça, como um Don Juan de vocabulário intumescido; o furibundo Álvaro de Campos cuspia versos brancos em sua negra bigoda nietzschiana, afiada com um faca fundida no Inferno.
Vencido pelo dilema, Pessoa entregou-se a uma vida vegetativa. Passava o dia em casa, sem camisa. À noite, subia e descia a Rua do Ouro, pensando em tudo que não era a Rua do Ouro. Já brincava com a idéia de suicídio quando olhou pela janela e viu, de relance, um rosto conhecido sob uma tabuleta familiar. Botou a cabeça pra fora e, acenando desengonçadamente, gritou: "Adeus ó Esteves". E o dono da Barbearia sorriu.
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Contribuição de Guilherme Freitas, futuro correspondente itinerante do IdB em Lisboa, São Petersburgo e Istambul.
sábado, 11 de agosto de 2007
#87 - Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop
............__--==ESPECIAL DIA DOS PAIS==--__............
Não, hereges! O título deste post não tem nenhuma relação com o maldito miguxês.
Nos anos 90 um bigode afrontava o senso comum na mediocridade geral da MTV. Scatman John era um talentoso pianista de jazz com um sério problema de fala. Sim, John era completamente gago, mas apesar disso gostava muito de cantar. Para conciliar o defeito com seu sonho, criou o "stuttering jazz", um estilo musical do qual ele é até hoje o único representante.
Como muito bem definiu a leitora Julia Krüger, que nos sugeriu o verbete, Scatman era uma "música muito legal dos anos 90. pena que ele morreu antes de ensinar todo mundo a fazer isso com a boca".
Aí estava o segredo dele, Julia. Bastava ser gago!
Pra quem acha que isso é brincadeira, vai lá na wikipedia e vê que o homem ganhou o prêmio Annie Glenn da American Speech-Language-Hearing Association, por serviços prestados à comunidade dos gagos e foi nomeado para o Hall da Fama da National Stuttering Association.
Morreu de câncer no pulmão em Los Angeles, aos 57 anos. Um bigode que desafiou os cânones estéticos do seu tempo e todas as limitações fonoaudológicas para alcançar um sonho. Para os intelectualóides vazios e para os menores de 20 anos que ainda tem alguma dúvida sobre a importância de Scatman, o compacto de "Scatman (Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop)" ocupou as seguintes posições nas paradas de sucesso pelo mundo, em 1994:
#1 Escandinávia
#1 Bélgica
#1 Suíça
#1 Áustria
#1 Itália
#1 Espanha
#1 Turquia
#1 França
#1 Irlanda
#1 Portugal
#2 Alemanha
#2 Holanda
#3 Reino Unido
#4 Brasil
#7 Austrália
#10 EUA Dance Music
#36 Japão
#60 EUA
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
#86 - Pedro Infante
Quando se fala em cinema mexicano, a primeira pessoa em quem se pensa é naquele pirralho imberbe do Gael García Bernal. Quando muito, lembra-se do nome bizarro do diretor igualmente bizarro (e igualmente imberbe) Alejandro Gonzáles Iñárritu. Em situações extremas, chega-se até o finalmente bigodudo Cantinflas (que merece post próprio). O que nós, brasileiros isolados do resto da Latinoamérica, não sabíamos era que o maior ídolo da história do cinema mexicano foi e segue sendo, É LÓGICO, o ídolo de bigode Pedro Infante.
Nascido no significativo ano de 1917, no qual deu-se à luz, entre outros, a Revolução que fez famoso o amiguinho que ilustra o título deste blog maroto, além da Constituição mexicana, a primeira carta magna a contemplar os direitos sociais e o bigode como instituições constituicionais, José Pedro Infante Cruz atuou, entre 1939 e 1957, ano que, de significativo, só teve a morte dele mesmo, em nada menos que 59 filmes, e gravou nada mais que 366 canções.
Compulsivo e vitaminado, teve cerca de 20 filhos, não somente com as três esposas oficiais, mas também com a camareira, com a costureira, com a cozinheira, com a gerente do banco, com a mulher barbada e com a tia que vendia burritos na porta do estúdio. Foi, sem sombra de dúvidas, o Ultimate Garanhas da terra dos churros.
Mais do que sagaz, Pedro Infante era um cara arrojado. Se ligava numa adrenalina, e foi tal vício que o fez ir prematuramente desta para a melhor. Acontece que ele curtia pilotar aviões, mas era extremamente ruim de asa. Resultado: derrubou o avião que pilotava. DUAS VEZES. Na primeira, se estropiou todo, mas conseguiu se recuperar, tendo como singela seqüela uma placa de metal que substituiu seu osso frontal do crânio (vulgo testa). O que valeu ao latin lover um toque de Frankenstein.
Da segunda vez que ele derrubou o avião, se deu mal. Seu corpo carbonizado só foi reconhecido pela placa na testa. Após o anúncio da morte do ídolo de bigode, dezenas de mulheres desesperadas suicidaram, só para mostrar que el hombre era fueda.
Em guisa de conclusão, e para arrefecer o ânimo dos incautos que ainda ousam duvidar do poder do bigode, segue o trecho de um filme de Pedro Infante. Reparem bem, hereges, QUEM faz uma mera ponta no filme do caboclo, aprendendo a arte do bigode com o mestre absoluto da sedução pilosa-facial:
Texto enviado pelo leitor Leonardo Fazito.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
#85 - Dr. Zoidberg
Meio homem, meio lagosta, meio lula, meio judeu. Um bigode de quatro metades, vindo do planeta Deacapod 10. Doutor Zoidberg é o médico responsável pela intrépida tripulação do Planet Express em Futurama, aquele seriado ao qual Matt Groening se dedica seriamente depois de cagar e andar para os Simpsons mais ou menos na 13a temporada.
O salário de Zoidberg aparenta estar à altura de suas habilidades médicas, pois não tem dinheiro para comprar sapatos nem para mais do que uma refeição por semana. Por causa de seu orçamento espartano, que contrasta com seu apetite homer-simpsoniano, ele está constantemente revirando o lixo atrás de um "banquete".
Confira as cenas de Zoidberg no célebre episódio satirizando Roswell, em que a nave do Planet Express volta acidentalmente para os anos 50 e Zoidberg é o suposto ET que teria sofrido a autópsia.
Aliás, não percam essa mesma cena, desse mesmo episódio.;
http://www.youtube.com/watch?v=xqMq_rm4slQ
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
#84 - Manda-Chuva
O único gato animado a merecer o título de vivaldino é o Manda-Chuva, um maroto gato de rua, morador dos becos, conhecedor das marquises, com papo malaco o suficiente para liderar uma trupe de felinos e ainda tirar uma onda com um oficial da lei, o Guarda Belo.
Manda-Chuva segue a filosofia de que "não existe prato de comida ou lambida de gatinha que eu não saiba ganhar". Reza a lenda que o cantor e compositor Francisco Buarque de Hollanda estava passando pelo famoso bloqueio de escritor quando, por obséquio, se deparou com um aparelho televisor mostrando as aventuras do sagaz gato sem botas... não deu outra, ele compôs a Ópera do Malandro inteira numa sentada só!
Malandro é o gato, que já nasce de bigode.
Confira abaixo o fino da bossa que era abertura do desenho animado que deixava a garotada mais sagaz.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
#83 - Arqueiro
Muitos se enganaram durante a infância, levados pelo preconceito e avaliações errôneas a acreditar que o Arqueiro era viado. Não faltava quem achasse que o bigodudo de hoje gostava mesmo era de sentar no Vassourito.
O maior coração de Etéria, no entanto, era o único homem da Rebelião e lutava bravamente contra Hordak. Além disso, eventualmente, Arqueiro mostrava suas habilidades de ilusionista e disparava truques engraçadinhos em direção às curvilíneas heroínas com quem dividia a cena, à guisa de cantadas. Qualquer acusação de que do repertório de mágicas do rebelde bigodudo constavam o engolimento de espadas e o sumiço do pepino carecem de provas documentais.
Inclusivemente, nosso herói também tinha talentos musicais e usava sua harpa para compor canções em homenagem à Adora, que todos nós também homenageamos na pré-adolescência.
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Recupere sua simpatia pelo Arqueiro assistindo a esse vídeo, em que ele prova ser um legítimo love expeditionary, dono de um verdadeiro bigode festeiro. Ele e três mulheres - duas gatas e uma gordinha simpática (quem não adora uma gordinha simpática?) - gargalham juntos ao serem expostos a um pó mágico que fazia com que todos se sentissem mais soltinhos.
Especialistas garantem que as cenas seguintes à que você verá agora estão perdidas para sempre porque foram exibidas apenas na Bandeirantes da primeira metade dos anos 90, pra lá da meia-noite.
Assista:
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
#82 - Edição Extraordinária - Djahjah
No primeiro ano, ele disse que estava cursando geografia na UFF. Faltou duas semanas de aula e ligou para as pessoas alegando estar num congresso de geógrafos na Bahia. Andava de jaleco da Cefet "para entrar de graça na barca", dizia.
Não contente, voltou com mais força no terceiro ano e reuniu - de um dia para o outro - mais de 60 pessoas num boteco para sua "despedida" do Brasil. Na véspera, ele mandara um email dizendo que havia ganho bolsa de estudos na NYU (sim, Nova Iorque) e que ficaria fora por um ano. Todo mundo acreditou. Pessoas cancelaram compromissos. O Rony violou o jejum judaico do Dia do Perdão para ir. Na verdade, Djahjah só ia ficar por um mês. Na verdade, ele ia para o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre. Na verdade, ele não foi a lugar nenhum.
O Estado italiano acreditou que esse perigoso sujeito, obviamente de origem turco-otomana, era oriundi e lhe concedeu a cidadania européia. Gilberto Gil teve a coragem de lhe dar um emprego no Ministério da Cultura. Hoje, nesse presente dia, ele diz que está embarcando com a namorada para participar de um intercâmbio na Croácia. CRO-Á-CIA.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
#81 Mentor
Jamais houve mestre-de-armas mais competente do que Mentor, dono de um dos mais respeitáveis bigodes dos desenhos animados. Cientista versátil, excelente mecânico e confiável chefe da guarda real, nosso bigodudo de hoje era um dos poucos habitantes de Etérea a conhecer a verdadeira identidade de He-Man - o alter ego histriônico, violento, bronzeado e envolto em uma tempestade elétrica do príncipe Adam, o filho do patrão.
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Relembre a abertura do desenho:
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ATUALIZAÇÃO: O leitor Sidney Mirandão trouxe à caixa de comentários deste post uma questão que atormentou uma geração inteira: por que diabos o boneco do Mentor não tinha bigode??? A questão é pertinente e bem colocada, meu caro Sidney, e fomos atrás de uma resposta. IdB não deixa o leitor na beiça.
A solução para o enigma só confirma a carga semântica do bigode: os bonecos da Mattel vieram antes do desenho animado que consagrou os personagens - mais ou menos como os Comandos em Ação. Nessa primeira encarnação, Mentor não tinha bigode.
Depois do lançamento do desenho, a Mattel demorou um tempo pra atualizar o boneco e embigodá-lo de vez. Dizem os especialistas (!!!) que a segunda versão do brinquedo não chegou ao Brasil.
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
#80 - EDIÇÃO ESPECIAL: Si, se puede!
Diante de certas imagens, o mundo pára.
A foto abaixo, da Vippcom assessoria, foi publicada nesta quinta-feira em diversos sites esportivos, e até mesmo em alguns humorísticos sem o devido crédito.
Esse fabuloso jogador de futebol não precisa provar mais nada a ninguém. Com ele no time, a torcida do Vasco voltou a sonhar, a ter esperanças de conquistar títulos relevantes e ver o time no seu lugar de direito: o alto das tabelas.
Perdigão é atleta de estilo refinado, futebol cadenciado. Atualmente é o cerébro da equipe; pelos pés dele passam todas as jogadas do Vasco. E, devagar e sempre, Cleilton Eduardo Vicente vai municiando os atacantes vascaínos, que só não vem sendo mais eficientes pela falta de pelagem overbeiçal.
Fica aqui nossa homenagem a esse atleta, e sobretudo grande figura humana que fez a torcida do Vasco voltar a estufar o peito e gritar: "Si, se puede!"
Obs.: Cliquem na figura e vejam Perdigão em toda a sua glória, em gigantesca imagem de alta definição.
#79 - Por Vishanti!
O bigode mais sobrenatural dos quadrinhos atende pelo nome de Stephen Vincent Strange, vulgo Dr. Estranho. Mago supremo do planeta Terra e mestre incontestável nas artes místicas e marciais, Strange dá um toque de macumba ao universo Marvel.
Sua gama de poderes é de cair o queixo. Projeção astral, telepatia, hipnose, teletransporte, transmutação, invasão de almas... O amigo é capaz de praticamente tudo. Pedindo com jeito, ele até traz de volta a pessoa amada.
Strange era um bem-sucedido neurocirurgião, até que teve o uso das mãos comprometido por um acidente. Inconformado, foi até o Himalaia tentar se curar com um feiticeiro que ali vivia. Acabou passando alguns anos aprendendo o ofício e voltou de lá o rei da cocada preta, ou melhor, da magia negra.
Desde então, mora numa mansão descolada no Greenwich Village, em Nova York, de dar inveja a Bruce Wayne. Com a ajuda do fiel escudeiro Wong e de seu prodigioso amuleto, o Olho de Agamotto, Strange sai por aí infernizando a vida de inimigos tão casca-grossa quanto Dormammu, o príncipe das dimensão negra, Mefisto e a própria encarnação da Morte.
De vez em quando, ainda encontra tempo para fazer parte do mais improvável grupo de super-heróis de todos os tempos – os Defensores –, ao lado de Hulk, Namor e o Surfista Prateado.
Estranho é fruto da fértil imaginação de Stan Lee e ganhou vida nos traços de Steve Ditko. Sua primeira aparição se deu em julho de 1963. Nesses 44 anos, os roteiristas da Marvel se tocaram de que estavam lidando com uma figura virtualmente indestrutível.
A seu respeito, o editor da Marvel Joe Quesada disse certa vez (em tradução livre): "Você pode ameaçar o Dr. Estranho, mas ele nunca vai de fato correr muito perigo, porque a qualquer momento ele pode lançar um encanto e se safar. Não há regras para seu universo e do ponto de vista da criação de histórias isso é problemático. Como você mata o Dr. Estranho? Como o machuca?"
Tenho um palpite: será que alguém já arriscou raspar o bigode dele?
Acima, um trecho do telefilme sobre o Dr. Estranho rodado em 1978, piloto de uma série que acabou não vingando. Não encontraram um ator com um bigode à altura do papel, o que talvez justifique o fracasso da série.
Texto enviado pelo leitor Bernardo Esteves
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
#78 - Asterix & Obelix
Esses romanos são loucos! A dupla dinâmica dos quadrinhos franceses marcou gerações de crianças e adultos pelo mundo inteiro distribuindo tabefes nas poderosas Legiões Romanas de César, caçando javalis no braço e afundando navios piratas.
Asterix e Obelix eram os heróis da irredutível aldeia gaulesa que apavorava as guarnições romanas de Petibonum, Aquarium e Laudanun resistindo bravamente ao invasor. Aditivados por uma poção mágica desenvolvida pelo druida Panoramix, os dois eram a linha de frente da grande mãe da Resistência Francesa, sempre disposta a espinafrar o invasor. Apenas Obelix não podia tomar a poção, uma vez que havia caído acidentalmente num caldeirão cheio dela quando ainda era pequeno, de forma que ganhou super-força.
A criação dos cartunistas Albert Uderzo e René Gosciny em 1959 começou a conquistar o mundo em 67, com a publicação do álbum Asterix, o Gaulês. Asterix, seu grande amigo Obelix e o fiel cãozinho Idéiafix são bons gauleses e como tais desfrutam de tremendos bigodes - assim como todos os homens de bem da brava aldeia.
Aventureiros natos, os gauleses não se contentavam apenas em esculachar as tropas romanas ao seu redor, tendo excursionado pela Germânia, Bretanha, Espanha, Penísula nórdica e até o Egito, onde impressionaram a rainha Cleópatra. O grande destaque fica em sua incursão pela ilha da Córsega, terra natal de Napoleão Bonaparte, onde descobrimos a mais roquenrou forma de democracia do mundo ocidental. Os corsos elegiam seus líderes através de votos depositados numa urna, que era jogada ao mar no final da votação e os concorrentes saíam no pau para decidir quem seria o novo líder.
Boatos de origem certamente latina dizem que Asterix e Obelix eram solteirões apenas de fachada, pois mantinham um tórrido romance homossexual às vistas turvas da aldeia. Este blog refuta tamanha falcatrua! Nossos bravos gauleses edificaram seus caráteres à semelhança de seus bigodes - volumosos, rijos e transparentes.