sexta-feira, 24 de agosto de 2007

#97 - Marcel Duchamp

Nota editorial:
Já foram citados aqui alguns ídolos que, apesar de não usarem bigode, eram capazes de enfrentar as adversidades com exuberância e brios de um genuíno bigodudo. Bigodes de preconceito, do tipo invisível. Porém, como no IdB temos um rígido critério de seleção, mesmo caras sagazes do calibre de Gérson, Chuck Norris e Rod Stewart não puderam ascender a um post só deles. Eles foram grandiosos mas, lamentavelmente, não nos deixaram alternativas a não ser a mera citação en passant. A regra é clara e não pode ser relativizada: bigode no buço e no coração.

Entretanto, HÁ bigodes além do horizonte e, para conhecê-los, é preciso ver, em vez de apenas olhar, como ensina um papa de auto-ajuda empresarial. Dizia o mestre que o incipiente olho humano só reconhece o que está iluminado, dentro do campo de visão e bem na sua frente. Por isso, se queremos ser líderes na vida, devemos sempre buscar ver, adquirindo em módicas prestações uma tocha primitiva, ou binóculos, ou talvez um raio-x. Só assim, bigodes ocultos como o de hoje serão conhecidos.

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De Marcel Duchamp, pode-se afirmar que realmente usou bigode. Apesar de nunca tê-lo usado sob o nariz, usou a força do bigode para romper o pedestal e o paradigma, revolucionar e renovar as artes, num momento de crise.


Esse é o bigode de Marcel Duchamp. Depois dessa façanha, o que menos definiria sua persona seria seu rosto.

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Abaixo, temos uma reprodução de um de seus mais intrigantes trabalhos, curiosamente entitulado "o urinol".


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ps: para que não pensem que cometemos injustiças, vale lembrar que alguns antibigodes são publicados em repúdio aos desserviços que seus donos prestaram à penugem infra-nasal, para servirem de doloroso exemplo.

2 comentários:

Rodrigo Muzell disse...

Putz, isso aqui é muito bom. Passo horas relendo. Com o do Mentor, chorei. Parabéns

Bernardo Esteves disse...

Essa Gioconda tem fogo no rabo!