sábado, 30 de junho de 2007

#51 - Albert Einstein



Em 1905, com apenas 26 anos, o alemão Albert Einstein publicou uma série de artigos que revolucionaram a física clássica, entre eles o que é considerado o fundamento da relatividade, reproduzido na revista “Annalen der Physik” no dia 30 de junho daquele “annus mirabilis” (ano miraculoso, em latim).

No artigo, o físico estabeleceu a relatividade especial, unificando duas áreas da física: a mecânica e a eletrodinâmica. Meses depois, como conseqüência da nova teoria, deduziu a expressão E = mc2. Com essa fórmula ‐ talvez a mais famosa da ciência ‐, fundiu as leis da conservação da massa e da energia. Ou seja, botou pra quebrar.

Os cinco artigos de 1905 deram origem à teoria da relatividade, que destruiu o caráter absoluto atribuído, durante séculos, ao tempo e ao espaço (graças a isso, por exemplo, Marty McFly pôde viver tantas aventuras em "De volta para o futuro").

Já naquela época, claro, Einstein ostentava seu portentoso bigode, devidamente cultivado ao longo da vida.

Segundo a Wikipédia, “após a formulação da teoria da relatividade, Einstein tornou-se famoso mundialmente, na época algo pouco comum para um cientista. Nos seus últimos anos, sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na história, e na cultura popular, Einstein tornou-se um sinônimo de alguém com uma grande inteligência e um grande gênio. A sua face é uma das mais conhecidas em todo o mundo”.

É ou não é o bigode mais famoso da ciência?

Texto escrito pela leitora Daniela Oliveira, com dados da Revista Ciência Hoje

sexta-feira, 29 de junho de 2007

#50 - Tim Maia Passional


"Quando o inverno chegar...
eu quero estar junto a ti"
Tim era intenso ao ponto de colocar uma foto de Johnny Depp na capa de seu disco de estréia, "Tim Maia", de 1970, como pode ser conferido acima.

Apesar do grande alvoroço em cima da "redescoberta" dos dois volumes de Tim Maia Racional, gravados em 76 e 77, sabe-se muito bem que, das duas, a personalidade mais marcante de Tim era, sem sombra de dúvidas, a Passional. Tim Maia era A Paixão em estado de ebulição. Seus dois anos sem fumar, beber e cheirar, pregando o Universo em Desencanto e tentando vender seus próprios discos no sinal da Lagoa com Lagoa-Barra foram algo de totalmente efêmero.

Não se pode negar que a Fase Racional seja válida, pois produziu discos de soul/funk dos mais swingantes e da melhor qualidade técnica, além de nos brindar com a comicidade não-intencional das letras de pregação de uma seita ufóloga bizarra - que era tudo menos racional. No entanto, ainda assim, trata-se de rios fugazes de concentração e abnegação num oceano de emoção incontinda. Logo após sua desilusão, Tim tiraria Racional de circulação e renegaria a seita, declarando: "perdi muito tempo e dinheiro com esta merda."

O grande inventor do Soul Brasileiro - o mesmo que dizer "inventor do Amor Brasileiro" - foi um talento precoce. Cantor, compositor e arranjador, ainda na adolescência tocava bateria e ensinava violão para Roberto e Erasmo, que compunham com ele a banda Os Sputniks. Aos 17, se mandou para os Istaite, onde teria se tornado a maior revelação da Motown se não tivesse sido preso e deportado por uso de bagulho. Ao voltar, reza a lenda, teria presenteado todos os funcionários de uma grande gravadora brasileira, do presidente ao ascensorista, com um LSD, prometendo que iam gostar.



Mais tarde, depois do desencanto com a Universo, do final dos anos 70 em diante, resolveria colocar todo mundo para dançar, no melhor climão possível. Com Descobridor de Sete Mares, ensinou Lulu Santos com quantas formas de amor se faz uma festa. No decorrer do tempo, totalmente entregue aos vícios, parou de comparecer aos próprios shows, apesar de ainda trabalhar bastante no estúdio e lançar muitos discos nos anos 90. Em 1998, morreu no Theatro Municipal de Niterói, enquanto gravava um especial.


quarta-feira, 27 de junho de 2007

#24 - Farrokh Bommi Bulsara

Tenho certeza que a maioria de vocês ao ler o título pensou que esse fosse o nome completo do simpático Apu, o dono do Kwik E' Mart. Pois não é. Apu é mesmo nome dele e o sobrenome é Nahasapeemapetilon. É ídolo também e terá a sua vez. Mas o ícone de hoje, completando uma falha na ordem numérica cometida alguns posts atrás, é Freddie Mercury.

O vocalista mais glamuroso da história do rock nasceu na Ilha de Zanzibar, filho de pais indianos. Aos 18 anos o garoto Farrokh se mudou para a Inglaterra, por conta duma revolução ocorrida em sua terra natal. (Obs.: Aos menores de 20 anos que não compreendem o termo revolução, basta seguir o link para a definição na wikipedia.)




Mucama apara a bem cuidada bigoda de FarrockNa faculdade, ele conheceu uma banda que tinha na formação Brian May e Roger Taylor. O resto, velho clichê, é história... Quem ainda não conhece, veja o vídeo abaixo. Mostra uma entrevista da Glória Maria com Freddie, quando o Queen chegou ao Rio para tocar no Rock in Rio I, em 1985. A primeira foto, lá em cima, é uma estátua feita em homenagem a Freddie na cidade suíça de Montreux.




"You can be anything you want to be
Just turn yourself into anything you think that you could ever be
Be free with your tempo, be free, be free
Surrender your ego - be free, be free to yourself
"






#49 - Jack White

Jack White é o homem responsável atualmente por dar ao roquenrou aquelas guitarras grunhidas que antes ficavam a cargo de gente como o Jimmy Page. Durante os últimos anos, Jack fez de seu bigodinho um cartão de visitas para sua música. Ele sabe que imagem é tudo no showbusiness.

Por exemplo, a moça aí da foto, Meg White, baterista do White Stripes: ninguém ao certo sabe se é irmã, amante, ex-esposa, empresária, cafetina ou apenas uma peguete de longa data do guitar hero da vez.

Ah! Você ainda não conhece White Stripes? Onde você vive?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

#48 Professor Raimundo


O salário podia ser pequeno, mas era certamente compensado pela alegria de viver que uma bigoda daquelas proporciona ao cristão que a cultiva, a ostenta e tem a moral de arcar com as responsabilidades que ela acarreta. Assim - alegremente - viveu o Professor Raimundo Nonato. Não apenas na intangível esfera da ficção, mas também no calor dos corações e mentes ligados na telinhada Grobo durante os 11 anos em que sua Escolinha alegrou o fim de tarde da garotada.

Melhor escada não poderia haver para Rolando Lero, Bertoldo Brecha, Costinha, Baltazar da Rocha e, é claro, também para a Dona Capitu, que não tinha a menor graça, mas deixava todo mundo meladão antes do toddynho das 18h.

Em tempo: é inacreditável a escassez de fotos do filho ilustre de Maranguape na rede mundial de computadores. Qualquer foto melhor do que essa porcaria aí em cima será de imenso valor para a equipe de Ídolos de Bigode. Não espere nada em troca, a não ser nossos bons pensamentos.

domingo, 24 de junho de 2007

#47 - Inspetor Clouseau/Peter Sellers

brinde: tema musical (use outra aba ou janela)
Nada mais despretensioso do que o primeiro filme da Pantera Cor-de-Rosa, cujo roteiro colocava o vilão, o idiossincrático ladrão The Phantom, como o personagem principal, e o Inspetor Clouseau como escada. The Pink Panther aludia ao nome do raro diamante roubado pelo Fantasma no filme, o qual continha uma falha fantástica por onde, sob determinada luz, era possível avistar nossa querida Pantera.

A seqüência inicial do filme era uma animação onde a câmera "entrava" no diamante e apresenta a Pantera ao público. Fez tanto sucesso que gerou, quase instantaneamente, sua "carreira-solo" nos desenhos.Roubando ainda mais a cena, o Clouseau de Peter Sellers impressionou tanto, que, logo na primeira continuação da série - A Shot in the Dark -, lançada no ano seguinte, não havia nem fantasma, nem desenhosinho da Pantera: era só o Inspetor franco-trapalhão, sua doce Maria Gambrelli e seu indomável assistente Cato. Tudo deles.

Quando Clouseau tenta levar a bela para uma inesquecível noite de amor em sua casa, a intervenção de Cato proporciona uma das melhores cenas de amor-humor-artes marciais do cinema. Infelizmente, o youtube não tem.

Outro brinde: o tema de A Shot In the Dark - versão Pink Panther's Penthouse Party

sábado, 23 de junho de 2007

#46 - O Divino Negão



James Marshall Hendricks saltou de pára-quedas num treino militar, quebrou o pé, foi dispensado dos Marines e logo a seguir, entrou pra história. Sem deixar de cuidar de seu mustache virtuoso.

Jimi começou sua lenda na banda de Little Richards e logo arrumou sua própria banda, que respondia pela alcunha irrepreensível de "Jimmy James and the Blue Flames". O jovem Hendrix tinha entre seus amigos um rapaz chamado Frank Zappa, que lhe apresentou uma gracinha musical chamada pedal Wah-Wah. Eram os anos 60, e talvez Zappa também apresentou a Jimi o ácido lisérgico. Daí em diante, se juntou ao produtor Chas Chandler, montou a Jimi Hendrix Experience e virou ídolo.



O vídeo abaixo é uma singela versão do cara que quase aposentou o Clapton para o hino nacional estadunidense. Vocês sabem, uma imagem vale mais do que mil palavras. E Jimi, o Divino, falava pelas suas mãos.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

#45 - O Jeff Lebowsky nórdico e satanista

Bigode satânico

Segundo o Whiplash, o maior site de metal do Maranhão, um sueco chamado Roger Tullgren foi aposentado aos 42 anos de idade por ser incapaz de trabalhar. A análise psicológica determinou que o governo pague um "auxílio-doença" a Roger, que sofre de compulsão por metal.

- Sou tão fanático que isto afetou meu desempenho profissional, a ponto de eu ter de sair de vários empregos - disse a um jornal sueco.

Segundo o Whiplash, tudo começou quando, há um tempo atrás, na Ilha do Sol, em 1971, seu irmão mais velho lhe apresentou um disco do Black Sabbath - e aguardem que Tommy vem aí.

O maior problema do garotão não foram os cabelos longos, as tatuagens, ou os adereços de caveira. O que pegou foram as inúmeras faltas no trabalho, para assistir a trezentos shows de metaaaaaaaaal.

- Alguns dizem que eu deveria 'crescer' e ouvir outros tipos de música, mas eu não posso. Heavy Metal é meu estilo de vida - finaliza Roger.

Meu nobre Tullgren, enquanto o seu bigode continuar crescendo, sua vida será um sucesso.




Veja aqui um vídeo do Roger.

Eu não achei a notícia completa na Whiplash, mas também não procurei muito não. Recebi por email numa lista de discussão. Quem quiser, saber mais detalhes, vai lá.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

#44 - Apollo Creed, o Doutrinador

Apollo no auge da carreira O Garanhão Italiano passou maus bocados nesses punhos. O atlético lorde dos ringues Apollo Creed teve a grandeza de espírito de treinar seu arquival no terceiro filme da série, quando Rocky entra na porrada para o malvadão Clubber Lang.


Apollo, o Doutrinador, era o campeão quando Rocky surgiu para o mundo. No segundo filme da série, ele dá uma sova no italiano marombado pra mostrar quem era o tal. Ao final, novamente derrotado, ele proporciona a maior cena da história do espírito esportivo já registrada pelas lentes hollywoodianas. Simplesmente arrebatador.



Repare no olhar distante de Apollo, o único a compreender as viscissitudes daquele momento

Obs: Apollo sendo morto pelo monstro soviético Ivan Drago é das cenas mais tristes do cinema. Talvez perca apenas para a morte de Mickey, que acabou levando Rocky a ser treinado pelo seu ex-rival.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

#43 - Is it me you're looking for?

Quem viu não se esquece. O cenário é uma escola de artes. Os protagonistas, o professor e uma aluna cega. Ele se apaixona perdidamente por ela e a segue atormentado por todos os cantos, sem saber como declarar seu amor. O mestre é recompensado ao final, quando se depara com a escultura que a estudante fizera de seu rosto: "This is how I see you".

Estamos falando, é claro, do clipe de "Hello", de Lionel Richie, balada romântica que marcou época nos anos 1980.

Lionel Brockham Richie, Jr. estreou como saxofonista dos Commodores, banda da Motown que alcançou sucesso considerável nos anos 70. O estrelato em escala planetária, no entanto, só veio quando ele se lançou em carreira solo, em 1982.

Richie emplacou 13 singles consecutivos nos Top Ten, cinco dos quais como número 1. Sua popularidade chegou ao ponto de o governador de sua Alabama natal instituir o 29 de outubro como o "Lionel Richie day" - não são muitos os músicos que mereceram tal honraria.

"All night long", "Say you, say me" e "Dancing on the ceiling" são alguns dos diamantes forjados por Richie eternizados no panteão da cultura pop. A cereja no topo do bolo viria com o hit global "We are the world", composto com Michael Jackson. Coube a ele, aliás, a honra de entoar os primeiros versos desse hino humanitário ("There comes a time / When we hear a certain call..."), à frente de uma constelação de ídolos da música norte-americana.

Richie sumiu de cena em 1987, para retornar ao showbiz dez anos depois. Ele nunca voltaria a alcançar, no entanto, a fama anterior - provavelmente porque deixou que seu bigode, marca registrada dos anos de glória, se tornasse um vulgar cavanhaque. Mesmo assim, fica essa sincera homenagem ao ex-ídolo, no dia de seu aniversário.

O clipe de "Hello":




O clipe de "We are the world":




Texto escrito pelo leitor Bernardo Esteves.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

#42 Bernard do Vôlei

Bernard Rajzman não seria de nada, não fosse pelo seu bigode.

Dono de uma trajetória esportiva pouco brilhante frente aos padrões atuais do vôlei brasileiro - um vice-campeonato mundial em 82, uma medalha olímpica de prata em 84 e um título pan-americano em 83 -, Bernard ficou conhecido pelo chatíssimo saque estilo Jornada nas Estrelas e pela tortuosa carreira política em que se meteu, sob as asas de Fernando Collor de Melo, o único brasileiro, além de Ayrton Senna, que poderia ter sido Batman.

Mas o nome de Benard do Vôlei ficará para sempre gravado na memória de brasileiros e brasileiras graças à sua mal aparada bigoda que lhe dava - e ainda lhe dá - um ar de garotão sacana capaz de sair por aí abraçado com um tresloucado Gilberto Gil e uma namoradíssima Roberta Close e festejar, festejar e festejar.

#41 - Dois bigodes em conflito

Rijkaard cospe em Voller, ao passar pelo jogador alemãoEste post homenageia dois grandes ídolos de bigode, que num momento de exaltação se envolveram numa séria querela copamundística. Citado em todas as listas de "melhores momentos totalmente reprováveis" da história do futebol, o fato se deu nas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1990, na Itália.

A Holanda era o melhor time do mundo, e tinha vencido a Eurocopa em 1988. Trazia no selecionado bigodes de relevância indiscutível, como o próprio Rijkaard e o ídolo milanês Gullit. A Alemanha, que se sagraria tricampeã do mundo naquele ano, não tinha entre seus astros principais nenhum mustache, mas também não ia a lugar nenhum sem os gols abigodados de Völler.

Conhecido também por seu temperamento forte, Völler arrumou briga com o goleiro holandês, van Breukelen. Durante a confusão, Rijkaard acertou duas belas cusparadas no adversário. Uma durante a discussão e outra enquanto saíam de campo, os dois expulsos. Como define muito bem essa matéria do Guardian, o segundo tiro acertou com perfeição o mullet de Völler.

Os dois deixam o campo de jogo, após serem expulsos, bigodes espumando de raiva

Obs.: Até pouco tempo atrás tinha o vídeo no YouTube. A Fifa, no entanto, numa atitude antipática e bastante infantil, mandou tirar. Quem achar outro link avisa que eu boto no ar aqui.

domingo, 17 de junho de 2007

#40 - O Leão Nigel Mansell

O Bigode vem para o homem como um poder e, às vezes, tanto poder pode sair de controle e se tornar um pesadelo. Il Leone sabia disso e sofria com isso - que o Bigode exige muito do homem que almeja ostentá-lo.

Para quem duvida, o IdB traz hoje a história deste que foi o quarto maior vencedor de GP's de Fórmula-1 (superado apenas por Schumacher, Prost e Senna), um homem que passou por todas as provações que o Bigode impõe e venceu no fim, se tornando um Ídolo de Bigode, mas não sem muita luta. Esse gênio, apesar de todo seu talento e de todo seu bigode, encontrou imensa dificuldade para fazer uma temporada consistente e vencer um campeonato. Foi apenas ao final de sua carreira, calejado e mais maduro, que Nigel Mansell conseguiu controlar toda a plenitude mística do Poder do Bigode e comemorar os títulos da F-1 de 92 e da F-Indy de 93. Antes disso, joguete do destino e vítima da própria força, foram três os vices-campeonatos: 86, 87 e 91.



Em 1986, Mansell é contratado por Frank Williams para ser o segundo piloto do então bi-campeão Piquet. No entanto, com o chefão acidentado longe do comando, acaba caindo nas graças do novo patrão e recebendo tratamento preferencial, o que cria um grande racha na escuderia e dá origem à rivalidade com o brasileiro, que duraria para sempre. Paralelamente, a competição corre quentíssima, sendo disputada por Mansell, Prost, Piquet e Senna até as últimas corridas. Vale lembrar que foi nesse ano que ocorreu a famosa "melhor ultrapassagem do mundo", de Piquet e seu dedo médio à mostra sobre Senna, na Hungria; além da "chegada mais apertada da história", na Espanha, onde Senna superou Mansell na reta final por 14 milésimos de segundo.

Então, após abrir boa vantagem no início do campeonato, logo aparecem os primeiros sinais de desequilíbrio no Bigode. Mansell começa a beijar tudo que era muro e permite a aproximação de Piquet e também do narigudinho Alain Prost, burocrático, que vinha acumulando segundos lugares. Na última corrida, na Austrália, Mansell tinha 70 pontos e os dois rivais, 63. Piquet assume a liderança, o que garantia o título para Mansell, que vinha em segundo, à frente de Prost. No entanto, o pneu do Leão Britânico explode sensacionalmente, lhe rendendo novo encontro com o guard-rail. Para completar a lambança, a Williams, temendo que o mesmo acontecesse com os borrachudos do brasileiro, o chama para os boxes e entrega o título de mão beijada para Prost.

Em 1987, Piquet decide então sabotar o Leão psicologicamente. Esconde o papel higiênico do inglês em meio a uma diarréia e chama sua mulher de feia (numa clara tática Clodoviliana), além de simular resultados ruins nos treinos para evitar que Mansell copiasse o acerto de seu carro nas corridas. Depois de sofrer muitas quebras na temporada, Mansell ainda com chances de virar o jogo mas sendo um aspirante pueril, inexperiente demais na época, evoca de maneira infeliz TODO o Poder do Bigode e, subitamente, logo após marcar a pole position nos treinos classificatórios de Suzuka, eis que um muro japonês, se movendo a mais de 200 quilômetros por hora, se choca contra seu carro. Machucado, fica afastado do resto das corridas do ano, deixando as coisas fáceis para o rival. É nisso que dá brincar com o Bigode. Numa próxima, certamente Ele enviaria o Godzilla.

Anos mais tarde, em 1991, Senna não dá chance para ninguém e leva o campeonato com sobras mas, pior do que amargar o vice novamente, Mansell sofre sua pior derrota - competitiva e psicológica - para Piquet no GP do Canadá. Após quebra de Senna, Mansell, liderando com mais de 20 segundos de vantagem na última volta, já podia sentir o gostinho de cerveja Guiness em seu bigode. Porém, em meio à empolgação, acenando para o público, ele desliga por engano o motor do carro, não consegue tornar a ligá-lo e acaba homenageando justo o "amigo" Piquet, que o ultrapassaria se cagando rir rumo à sua última vitória na F-1. Mais tarde, o pioneiro dos pegas de rua em Brasília declararia "ter tido um orgasmo" nesta corrida.



sábado, 16 de junho de 2007

#39 - Seu Madruga - ETERNO

A cereja do bolo da nossa "Semana Especial Rebeldes Mexicanos (de Bigode)". Simplesmente o personagem mais anti-sistêmico de toda a história do México, Sr. Madruga é o rebelde-modelo da luta contra a Opressão e o 1º grande Punk. Somente um santo como esse homem conseguiria tocar a vida sem, como a maioria de nós, se render ao caminho fácil do trabalho e do aluguel pago em dia. Mas não o Sr. Madruga, esse não se vendeu: nenhum trabalho que durasse mais do que um dia e 14 meses de aluguel rigorosamente atrasados. Apesar de o ator que o interpretava, Ramón Valdez, ter morrido de câncer de pulmão em 1988, suas grandes frases viverão para sempre em nossas mentes, servindo como inesgotável alimento para nossos corações:

"Não há nada mais trabalhoso...do que viver sem trabalhar."

"Não existe trabalho ruim. O ruim é ter que trabalhar."

"No mercado de trabalho, prefiro ceder espaço aos mais jovens. E venho exercendo esta honrosa tarefa desde os meus quinze anos."

"Como ousa me acordar às 11 da madrugada! E agora, o que eu vou fazer até a hora da sesta?"


ETERNO



sexta-feira, 15 de junho de 2007

#38 - Frida Kahlo

Esqueça a imagem de Salma Hayek siempre muy guapa y caliente ao pensar no nome de Frida Kahlo. A renomada pintora rebelde mexicana detinha um poderoso bigode (chamar de buço é ofensa) - aliás, detinha dois, o segundo acima dos olhos - e nenhuma daquelas curvas revolucionárias de Salmita.

Vitimada por uma poliomelite quando apenas criança e mais tarde envolvida em um acidente automobilístico digno dos hermanos Rodríguez, Frida começou a pintar enquanto se recuperava das lesões do acidente. Ao ganhar fama com quadros que exaltavam seu mustache, se filiou ao Partido Comunista Mexicano, o partido comunista mais comunista do mundo ocidental.

Mesmo manca, a rebelde pintora conquista o coração obeso de Diego Rivera, o Romário das telas mexicanas, e ainda faz o russo-tequileno-tomador-de-vódka León Trótski perder sua cabeça pelo impossível charme peludo de seu rosto. O velho Trótski e a alquebrada Kahlo tramam a Revolução com poemas e quadros de amor em pleno México entre 1937 e 1939, quando, a mando do Camarada Stálin, sempre boladão, o companheiro de Frida foi trucidado.

Fontes duvidosas garantem aos editores deste blog que a atriz brasileira Malu Mader guardaria traços do DNA rebelde e mexicano de Frida em seus pêlos.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

#37 - Leon Trostky



Leon Trotsky, aka Lev Davidovitch Bronstein, não foi um revolucionário mexicano, mas, certamente, revolucionou o México e é um ídolo de bigode que fez a cabeça de gerações e mais gerações.


O homem que desvendou a relação entra a vodka e o êxito dos primeiros anos da URSS em "Questões do modo de vida" foi também o responsável por colocar essa grande nação latino-americana na rota dos Role Playing Games, quando nela se exilou. Lá, um mercenário a serviço do desafeto de Trotsky e também ídolo de bigode Joseph Stalin, aplicou um legítimo "throwing axe" no pensador soviético, matando-o sem qualquer respeito por seu sofisticado ainda que másculo moustache.


Um desfecho trágico para a vida do herói que, depois de amargar anos deterrado na gélida Sibéria, partiu para o México para, voluntariamente, pegar a Frida Khalo.

terça-feira, 12 de junho de 2007

#36 - Emiliano Zapata


Continuando nossa série sobre rebeldes mexicanos - vale notar que não é mais necessário o complemento "de bigode" -, apresentamos hoje o grande ídolo de bigode do intelectual pós-moderno mascarado Subcomandante Marcos.

Zapata é a peça-chave para explicar de forma simples a Revolução Mexicana. Ele era do tipo "avisei uma, avisei duas, na terceira... já sabe". Apesar de mestiço de uma família abastada, por simpatia aos pueblos e sua orientação anarquista, tentava, inicialmente, restituir juridicamente as terras dos indígenas; num segundo momento, buscou seus objetivos através da articulação política; mas, por fim, decidiu mandar os alemão tudo pra vala, sob o lema casi-PJL "Tierra y Libertad".

Seu Exército Libertador do Sul e os comandados no Norte pelo caudilho çangue Pancho "Brizola" Villa foram cooptados pelo X-9 Venustiano Carranza, líder rebelde de ocasião na região central, a se unirem todos para depor o então presidente, no ano de 1914, Victoriano Huerta, um laranja do indigesto Porfírio Díaz, que fora ditador até 1911, deixando o poder numa falsa deposição pelo vacilão Madero, que posava de oposição liberal, num esquemão simpatia-comédia-vacilação que visava aplacar a resistência armada e manter o status quo no México.

O plano não deu certo e levou à deposição de Madero por Huerta, que estava enrabichado com Díaz, e, por sua vez, foi realmente deposto pela resistência popular unificada, a qual, durante o tempo todo, não se confundira com o troca-troca ne gerência e continou metendo bala em tudo que era amigo dos amigo. Então, Carranza, o X-9, botou a cara, botou o corpo todo e usurpou o posto de presidente, chegando a colocar os robocop do general Obregón para perseguir Zapata, que acabou morrendo nas mãos de outro general otário, o Guajardo, depois de cair no canto de Ossanha desse trapaceiro, que estava só de olho no prêmio oferecido pela cabeça do Zapata mas só recebeu metade da grana. Todos os personagens dessa história usam bigode. Entendeu?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

#35 - Subcomandante Marcos


Continuando a série dos rebeldes mexicanos, temos aqui o mais atual deles, o Subcomandante Marcos.

Líder do Ejército Zapatista de Liberación Nacional, o popular EZLN, Marcos pega em armas com os revoltados Chiapas contra tudo e todos: os Estados Unidos, os conservadores mexicanos, os fãs de Audioslave, os detratores de Chaves & Chapolin e aqueles que dizem que Jorge Campos era um maricón.

Ninguém sabe ao certo a verdadeira identidade do líder chiapa, que luta em território mexicano mascarado para que nenhum mal possam lhe fazer a seu abastado bigode. "Podem matar meu povo, roubar minha comida, salgar meu chão... só não tentem mexer em meu bigode", declarou Marcos certa feita a Tiago Carvalho, nosso intrépido e bigodudo repórter especial.

#34 - José Doroteo Arango

Hoje nós começamos uma semana em homenagem aos grandes revolucionários mexicanos. Como todos sabem, na Rússia, em Cuba e quejandos eram todos posers. Revolução mesmo, só se cogitou no México.

No início do longínquo século XX o jovem José Doroteo Arango, aos 16 anos, foi acusado de matar um rico fazendeiro e, para fugir das perseguições da justiça, se alistou no exército mexicano. Por combater a ditadura do vacilão Porfírio Diaz foi exilado e posteriormente condenado aa morte.

Uniu-se, porém, a um grupo que reunia os bigodes mais importantes da Nação e iniciou uma Guerra Civil que remodelou o sistema político mexicano. Foi morto numa emboscada por um covarde imberbe que jamais o encararia de frente.

sábado, 9 de junho de 2007

#33 - Lester Bangs

Quem já viu "Quase Famosos" e se emociona quando o gordinho de bigode cata o disco dos Stooges na rádio durante sua entrevista, exclama "Iggy Pop! Amen!" e logo a seguir põe pra rolar "Search & Destroy", pulando feito um moleque, percebe ali que Lester não era um mané qualquer. Dá pra dividir o mundo entre aqueles que gostam e aqueles que desconhecem (manés, ignorantes, obtusos, virgens, fãs do Sandijúnior, idiotas que acham que Bob Dylan canta mal) os Stooges.


Lester Bangs, morto em 82 após misturar Valium com outras químicas para tratar um resfriado, não é apenas considerado como O Grande Crítico do Rock, mas também um dos grandes escritores norte-americanos do século XX - a despeito de jamais ter publicado livro algum.

Veja aqui seu relato de como começou a escrever para Rolling Stone - de onde foi mandado embora por "desreipeitar os músicos" em suas resenhas. Em tempo, a RS ficou famosa nos 70 por espinafrar o Led Zepellin e o Cream - este último teria se finado após raivosa crítica da revista a seus shows, que tornaram insustentável o frágil equilíbrio do ególatra trio musical.

"How did you get your start writing about rock 'n' roll?

They used to have a little box, believe it or not, in the pages of Rolling Stone in like 1968 that said, "Do you write, draw, take pictures? Send us your stuff." So I started sending them reviews. The first four reviews I sent, let's see, I said that Anthem of the Sun by the Grateful Dead and Sailor by Steve Miller were pieces of shit and White Light/White Heat by the Velvet Underground and Nico's The Marble Index were masterpieces, and White Light/White Heat was the best album of 1968. I couldn't figure out why they weren't printing any of these things. Then this MC5 album, Kick Out the Jams, came out, and they had this big article in there saying the MC5 were the greatest band in the world and all this, so I went out and bought it. Just like anybody, you buy something you don't like and you feel like you bought a hype. And I wrote this really like, blaaah!, scathing sort of review. And I sent a letter with it and said, "Look, fuckheads, I'm as good as any writer you've got in there. You better print this or give me the reason why." And they did, they printed it, and that was the beginning."


E confira o belo mustache que Phillip Seymour Hoffman (o "Capote") adotou para compor o visual de Bangs em "Quase Famosos".


quinta-feira, 7 de junho de 2007

#5 - I was so much older then, i'm younger than that now



"Yes, I received your letter yesterday
(About the time the door knob broke)
When you asked how I was doing
Was that some kind of joke?
All these people that you mention
Yes, I know them, they're quite lame
I had to rearrange their faces
And give them all another name
Right now I can't read too good
Don't send me no more letters no
Not unless you mail them
From Desolation Row"



"Pointed threats, they bluff with scorn
Suicide remarks are torn
From the fool's gold mouthpiece
The hollow horn plays wasted words
Proves to warn
That he not busy being born
Is busy dying."

quarta-feira, 6 de junho de 2007

#32 - Estou errado? Estou errado?



Esse homem lutou no Vietnã para garantir nossas liberdades. É melhor respeitá-lo.

PS.: Certos filmes devem ser vistos toda vez que passam na televisão. Eles estão fadados a se tornar clássicos de uma ou mesmo de várias gerações. Foi assim com "Curtindo a Vida Adoidado" nos anos 80. É assim com o filme que melhor define o início dos anos 90: O Grande Lebowsky.

terça-feira, 5 de junho de 2007

#31 - Mark Spitz

Esse inquestionável ídolo de bigode nunca ligou para a conversa fiada dos cientistas do esporte - uns moralistas frustrados, fracos demais para serem atletas - de dizer que pêlos roubam frações preciosas de segundos na natação competitiva. 7 ouros em uma única olimpíada e 7 recordes mundias que duraram décadas estão aí para provar que os fortes usam bigode.


#30 - Frederico, o Grande

Ele seria capaz de escrever a "Genealogia do Bigode" logo após "Ecce Homo" se não tivesse morrido. Estudantes de filosofia estudam um diário com suas dietas há séculos. Charles Bukowski era fã dele. Zaratustra falou pelas suas mãos. Deus morreu em suas páginas.

Esse homem só pode ser Friederich Nietzsche.

Uma nota curiosa sobre o rapaz: em sua juventude, Nietzsche se apaixonou por uma estudante de filosofia alemã chamada Lou Andreas-Salomé. Loulou fez o nosso velho Fritz ficar ligadão na dela a ponto de pedí-la em casamento. A germana paixão do nosso bigode-mór não só recusou o casório, como ainda por cima trocou Nietzsche por seu melhor amigo - Paul Rée.

Qualquer Zé Ruela diante da situação tomaria um porre, compraria uma arma e faria algum tipo de bobagem. Nietzsche, só de birra, escreveu "Assim Falou Zaratustra". Ui.


Lou Andreas-Salomé, Paul Rée e Friederich Nietzsche, num momento de amizade e ternura.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

#29 - Seu Antenor Araújo



"Pai de Cascão, seu Antenor é certamente o personagem mais simpático já criado por Maurício de Sousa. Dentre os pais coadjuvantes da Turma da Mônica, ele é o que se destaca. Não por coincidência, é quem caiu nas graças da Dona Lurdinha, mãe do Cascão, um verdadeiro pitéu, a musa balzaca da Rua do Limoeiro.

Com seu bigode matreiro, seu Antenor é o único pai com passe livre para criar um filho sem qualquer obrigação com o banho ou higiene pessoal. Hábito reprovável para muitos, para seu Antenor não é problema.

Mas a polêmica em torno dele não pára na criação de Cascão. Dizem que certa vez, tendando tirar credibilidade de seu Antenor, um grupo de desenhistas plantou o boato de que seu bigode seria, na verdade, uma sujeirinha persistente. Fato nunca comprovado.

Polêmicas a parte, seu Antenor merece nosso respeito. Contador, boa praça, amante do futebol. Um bigode de família."

Texto enviado pela leitora Graziela Pereira

sábado, 2 de junho de 2007

#28 - Bernie Lomax



Um amigo meu uma vez, quando eu ainda morava em Araruama, estava dando uns amassos na namorada enquanto a turma assistia um VHS na casa dele. Enquanto ele a beijava, deu uma risada criando vácuo nas narinas e ficou com o nariz preso na bochecha dela. O problema é que o vácuo também fechou a glote e ele ficou sem respirar. Reparando que alguma coisa estranha tinha acontecido, a menina puxou o rosto dele, arrancando um pedaço da narina do pobre sujeito.

O mais bizarro é que o pedaço de nariz ficou preso na bochecha e ela não reparou. Levamos o cara pro hospital e só lá a enfermeira tirou o nariz do cara do rosto da menina.

Porque eu to contando essa história? O filme que estava passando era Um Morto Muito Louco.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

#27 - Eufrazino (Yosemite Sam)


Esse cara passou metade da minha infância correndo atrás do Pernalonga. Talvez por ostentar essa quantidade de pelos saindo da cara, ele seja um Looney Toon mais marcante que o Hortelino e o Marciano juntos. E aí velhinho?

#26 - The only one Billy Shears!

Há várias teorias tolas que tentam explicar algo muito simples: por que, afinal, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band é tido e havido como maior álbum da história do rock?

A resposta está na cara de cada Beatle retratado ao centro da capa.