O Bigode vem para o homem como um poder e, às vezes, tanto poder pode sair de controle e se tornar um pesadelo. Il Leone sabia disso e sofria com isso - que o Bigode exige muito do homem que almeja ostentá-lo.
Para quem duvida, o IdB traz hoje a história deste que foi o quarto maior vencedor de GP's de Fórmula-1 (superado apenas por Schumacher, Prost e Senna), um homem que passou por todas as provações que o Bigode impõe e venceu no fim, se tornando um Ídolo de Bigode, mas não sem muita luta. Esse gênio, apesar de todo seu talento e de todo seu bigode, encontrou imensa dificuldade para fazer uma temporada consistente e vencer um campeonato. Foi apenas ao final de sua carreira, calejado e mais maduro, que Nigel Mansell conseguiu controlar toda a plenitude mística do Poder do Bigode e comemorar os títulos da F-1 de 92 e da F-Indy de 93. Antes disso, joguete do destino e vítima da própria força, foram três os vices-campeonatos: 86, 87 e 91.
Em 1986, Mansell é contratado por Frank Williams para ser o segundo piloto do então bi-campeão Piquet. No entanto, com o chefão acidentado longe do comando, acaba caindo nas graças do novo patrão e recebendo tratamento preferencial, o que cria um grande racha na escuderia e dá origem à rivalidade com o brasileiro, que duraria para sempre. Paralelamente, a competição corre quentíssima, sendo disputada por Mansell, Prost, Piquet e Senna até as últimas corridas. Vale lembrar que foi nesse ano que ocorreu a famosa "melhor ultrapassagem do mundo", de Piquet e seu dedo médio à mostra sobre Senna, na Hungria; além da "chegada mais apertada da história", na Espanha, onde Senna superou Mansell na reta final por 14 milésimos de segundo.
Então, após abrir boa vantagem no início do campeonato, logo aparecem os primeiros sinais de desequilíbrio no Bigode. Mansell começa a beijar tudo que era muro e permite a aproximação de Piquet e também do narigudinho Alain Prost, burocrático, que vinha acumulando segundos lugares. Na última corrida, na Austrália, Mansell tinha 70 pontos e os dois rivais, 63. Piquet assume a liderança, o que garantia o título para Mansell, que vinha em segundo, à frente de Prost. No entanto, o pneu do Leão Britânico explode sensacionalmente, lhe rendendo novo encontro com o guard-rail. Para completar a lambança, a Williams, temendo que o mesmo acontecesse com os borrachudos do brasileiro, o chama para os boxes e entrega o título de mão beijada para Prost.
Em 1987, Piquet decide então sabotar o Leão psicologicamente. Esconde o papel higiênico do inglês em meio a uma diarréia e chama sua mulher de feia (numa clara tática Clodoviliana), além de simular resultados ruins nos treinos para evitar que Mansell copiasse o acerto de seu carro nas corridas. Depois de sofrer muitas quebras na temporada, Mansell ainda com chances de virar o jogo mas sendo um aspirante pueril, inexperiente demais na época, evoca de maneira infeliz TODO o Poder do Bigode e, subitamente, logo após marcar a pole position nos treinos classificatórios de Suzuka, eis que um muro japonês, se movendo a mais de 200 quilômetros por hora, se choca contra seu carro. Machucado, fica afastado do resto das corridas do ano, deixando as coisas fáceis para o rival. É nisso que dá brincar com o Bigode. Numa próxima, certamente Ele enviaria o Godzilla.
Anos mais tarde, em 1991, Senna não dá chance para ninguém e leva o campeonato com sobras mas, pior do que amargar o vice novamente, Mansell sofre sua pior derrota - competitiva e psicológica - para Piquet no GP do Canadá. Após quebra de Senna, Mansell, liderando com mais de 20 segundos de vantagem na última volta, já podia sentir o gostinho de cerveja Guiness em seu bigode. Porém, em meio à empolgação, acenando para o público, ele desliga por engano o motor do carro, não consegue tornar a ligá-lo e acaba homenageando justo o "amigo" Piquet, que o ultrapassaria se cagando rir rumo à sua última vitória na F-1. Mais tarde, o pioneiro dos pegas de rua em Brasília declararia "ter tido um orgasmo" nesta corrida.
Para quem duvida, o IdB traz hoje a história deste que foi o quarto maior vencedor de GP's de Fórmula-1 (superado apenas por Schumacher, Prost e Senna), um homem que passou por todas as provações que o Bigode impõe e venceu no fim, se tornando um Ídolo de Bigode, mas não sem muita luta. Esse gênio, apesar de todo seu talento e de todo seu bigode, encontrou imensa dificuldade para fazer uma temporada consistente e vencer um campeonato. Foi apenas ao final de sua carreira, calejado e mais maduro, que Nigel Mansell conseguiu controlar toda a plenitude mística do Poder do Bigode e comemorar os títulos da F-1 de 92 e da F-Indy de 93. Antes disso, joguete do destino e vítima da própria força, foram três os vices-campeonatos: 86, 87 e 91.
Em 1986, Mansell é contratado por Frank Williams para ser o segundo piloto do então bi-campeão Piquet. No entanto, com o chefão acidentado longe do comando, acaba caindo nas graças do novo patrão e recebendo tratamento preferencial, o que cria um grande racha na escuderia e dá origem à rivalidade com o brasileiro, que duraria para sempre. Paralelamente, a competição corre quentíssima, sendo disputada por Mansell, Prost, Piquet e Senna até as últimas corridas. Vale lembrar que foi nesse ano que ocorreu a famosa "melhor ultrapassagem do mundo", de Piquet e seu dedo médio à mostra sobre Senna, na Hungria; além da "chegada mais apertada da história", na Espanha, onde Senna superou Mansell na reta final por 14 milésimos de segundo.
Então, após abrir boa vantagem no início do campeonato, logo aparecem os primeiros sinais de desequilíbrio no Bigode. Mansell começa a beijar tudo que era muro e permite a aproximação de Piquet e também do narigudinho Alain Prost, burocrático, que vinha acumulando segundos lugares. Na última corrida, na Austrália, Mansell tinha 70 pontos e os dois rivais, 63. Piquet assume a liderança, o que garantia o título para Mansell, que vinha em segundo, à frente de Prost. No entanto, o pneu do Leão Britânico explode sensacionalmente, lhe rendendo novo encontro com o guard-rail. Para completar a lambança, a Williams, temendo que o mesmo acontecesse com os borrachudos do brasileiro, o chama para os boxes e entrega o título de mão beijada para Prost.
Em 1987, Piquet decide então sabotar o Leão psicologicamente. Esconde o papel higiênico do inglês em meio a uma diarréia e chama sua mulher de feia (numa clara tática Clodoviliana), além de simular resultados ruins nos treinos para evitar que Mansell copiasse o acerto de seu carro nas corridas. Depois de sofrer muitas quebras na temporada, Mansell ainda com chances de virar o jogo mas sendo um aspirante pueril, inexperiente demais na época, evoca de maneira infeliz TODO o Poder do Bigode e, subitamente, logo após marcar a pole position nos treinos classificatórios de Suzuka, eis que um muro japonês, se movendo a mais de 200 quilômetros por hora, se choca contra seu carro. Machucado, fica afastado do resto das corridas do ano, deixando as coisas fáceis para o rival. É nisso que dá brincar com o Bigode. Numa próxima, certamente Ele enviaria o Godzilla.
Anos mais tarde, em 1991, Senna não dá chance para ninguém e leva o campeonato com sobras mas, pior do que amargar o vice novamente, Mansell sofre sua pior derrota - competitiva e psicológica - para Piquet no GP do Canadá. Após quebra de Senna, Mansell, liderando com mais de 20 segundos de vantagem na última volta, já podia sentir o gostinho de cerveja Guiness em seu bigode. Porém, em meio à empolgação, acenando para o público, ele desliga por engano o motor do carro, não consegue tornar a ligá-lo e acaba homenageando justo o "amigo" Piquet, que o ultrapassaria se cagando rir rumo à sua última vitória na F-1. Mais tarde, o pioneiro dos pegas de rua em Brasília declararia "ter tido um orgasmo" nesta corrida.
2 comentários:
essa foto ta maravilhosa.
Excelente texto.
Parabens!
O Leão era a parte divertida do duelo entre Prost-Piquet-Senna-Mansell.
Postar um comentário