Quando se fala em cinema mexicano, a primeira pessoa em quem se pensa é naquele pirralho imberbe do Gael García Bernal. Quando muito, lembra-se do nome bizarro do diretor igualmente bizarro (e igualmente imberbe) Alejandro Gonzáles Iñárritu. Em situações extremas, chega-se até o finalmente bigodudo Cantinflas (que merece post próprio). O que nós, brasileiros isolados do resto da Latinoamérica, não sabíamos era que o maior ídolo da história do cinema mexicano foi e segue sendo, É LÓGICO, o ídolo de bigode Pedro Infante.
Nascido no significativo ano de 1917, no qual deu-se à luz, entre outros, a Revolução que fez famoso o amiguinho que ilustra o título deste blog maroto, além da Constituição mexicana, a primeira carta magna a contemplar os direitos sociais e o bigode como instituições constituicionais, José Pedro Infante Cruz atuou, entre 1939 e 1957, ano que, de significativo, só teve a morte dele mesmo, em nada menos que 59 filmes, e gravou nada mais que 366 canções.
Compulsivo e vitaminado, teve cerca de 20 filhos, não somente com as três esposas oficiais, mas também com a camareira, com a costureira, com a cozinheira, com a gerente do banco, com a mulher barbada e com a tia que vendia burritos na porta do estúdio. Foi, sem sombra de dúvidas, o Ultimate Garanhas da terra dos churros.
Mais do que sagaz, Pedro Infante era um cara arrojado. Se ligava numa adrenalina, e foi tal vício que o fez ir prematuramente desta para a melhor. Acontece que ele curtia pilotar aviões, mas era extremamente ruim de asa. Resultado: derrubou o avião que pilotava. DUAS VEZES. Na primeira, se estropiou todo, mas conseguiu se recuperar, tendo como singela seqüela uma placa de metal que substituiu seu osso frontal do crânio (vulgo testa). O que valeu ao latin lover um toque de Frankenstein.
Da segunda vez que ele derrubou o avião, se deu mal. Seu corpo carbonizado só foi reconhecido pela placa na testa. Após o anúncio da morte do ídolo de bigode, dezenas de mulheres desesperadas suicidaram, só para mostrar que el hombre era fueda.
Em guisa de conclusão, e para arrefecer o ânimo dos incautos que ainda ousam duvidar do poder do bigode, segue o trecho de um filme de Pedro Infante. Reparem bem, hereges, QUEM faz uma mera ponta no filme do caboclo, aprendendo a arte do bigode com o mestre absoluto da sedução pilosa-facial:
Texto enviado pelo leitor Leonardo Fazito.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
#86 - Pedro Infante
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3 comentários:
Nada consegue superar um bigode mexicano.
Vocês repararam no taxista do vídeo?
Ei, ei, ei! Seu Madruga é rei!
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