Maguila nasceu em Aracaju, no ano de 1959. Depois de completar os estudos em Sergipe, foi estudar Filosofia na Sorbonne, onde se aprofundou no existencialismo de Kierkegaard e Heidegger. Um pouco antes de defender sua tese de doutorado, descobriu o boxe e sua verdadeira vocação. O auge da sua carreira pugilística foi em 1995, quando se tornou campeão mundial de pesos pesados por uma inexpressiva, ínfima e irrisória Federação Mundial de Boxe. Daí pra frente, foi só franca decadência e o valente sergipano passou a freqüentar a lona com desenvoltura e talento únicos, se especializando com louvor na arte de tomar na cara e dormir neném.
Patrocinado pela Olivetti e pelo Luciano do Valle, com quem tinha uma relação galvãobuenística, Maguila tomou nocates homéricos de George Foreman, que nessa época não era grill, só um pastor-boxeador que distribuía porrada e bênçãos por aí, e Evander Holyfield, com orelha e tudo.
Com o fim da carreira, Maguila retomou sua investigação acerca da fenomenologia husserliana e faz participações especiais em programas toscos de auditório e humorísticos de baixa categoria, sempre elevando o nível geral com suas intervenções intelectualizadas e seu eterno e garboso bigode cheio de sobriedade e sabedoria.
Algumas frases do grande pensador:
"O meu estado é Aracaju"
(Adílson Maguila Rodrigues, quando perguntado sobre qual o seu estado civil, no programa da Hebe Camargo)
"Depois da derrota o pior resultado é o empate"
POSTULADO DO MAGUILA: Quanto maiores são, mais forte batem (segundo a Lei de Murphy)
Escrito pelo leitor Vinícius Trindade, o Bito
2 comentários:
mais um exemplo da antiga atração de grandes pensadores pelo boxe.
além do mais, é sempre bonito ver um mestre desse tipo despertar para o pugilismo.
grande post.
O boxe sempre despertou a alta literatura. Maguila era o melhor entrevistado do país, sempre disposto a nos fazer refletir com seus intrincados métodos de raciocínio.
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