quarta-feira, 5 de setembro de 2007

#103 - Morgan Freeman

Quando resolveram fazer um filme onde Deus era a personagem a ser interpretada, produtores não tiveram a menor sombra de dúvidas - o papel era de Morgan Freeman.

E não havia realmente como não entregar o papel a ele, que possui toda autoridade que necessita em seu olhar meio morto, seu riso sacana, sua voz de tenor e um insofismável bigode.

O ator nascido em Memphis, Tennessee, começou a ganhar a vida como mecânico da aeronáutica, antes de despontar em papéis no teatro. Seu primeiro papel de grande projeção mundial mostrava o bigode de Morgan conduzindo Miss Daisy rumo a vários prêmios.

Daí por diante, foi difícil impedir que o homem se tornasse um dos mais carismáticos atores em ação no cinema norte-americano. Freeman fez inúmeros papéis memoráveis, desde um auxiliar muçulmano do predecessor do emocore Robin Hood de Kevin Costner a chapa de Brad Pitt em meio a crimes bizarros baseados nos sete pecados capitais, com direito a ser o presidente dos EUA num mundo às vésperas de ser atingido de leve por um meteoro gigante.

Morgan também emprestou a dignidade de seu bigode para que Clint Eastwood pudesse brilhar com seu filme campeão "Menina de Ouro" - melhor seria o filme ser batizado de "Bigode de Ouro", haja visto a quantidade de cenas que o seu ex-boxeador Scrap rouba no filme.

Mais recentemente, o grande Freeman emprestou seu talento para tornar ainda melhor o maroto thriller "Lucky Number Slevin", onde vive o papel de The Boss. Ele ainda tem parte no brilhante "Batman Begins", onde tem o papel de Lucious Fox, pilar moral e cívico das Empresas Wayne. Abaixo, trecho do filme (Cavaleiro das Trevas vem aí!) onde Lucious apresenta ao patrão Bruce a grande personagem da história, o simpático Tumbler.


Morgan obviamente não é apenas um homem preocupado com a imagem de seu bigode nas telas. Diante do entrevistador do renomado 60 minutes, Morgan não hesitou em mandar na lata que "I am going to stop calling you a white man and I'm going to ask you to stop calling me a black man". Ele é defensor do fim do racismo e prega que o melhor meio de combatê-lo é não falar sobre o tema.

2 comentários:

Defunto Autor disse...

Vale dizer que é ele quem narra a versão em inglês de "A marcha dos Pinguins". Quiseram levá-lo inicialmente às locações para que ele narrasse in loco a ação, mas temeram pelo calor de sua voz e seu bigode!

Tiago disse...

morgan mantém seu bigode ralo porque, caso contrário, o poder que emana dele seria incontrolável.

sabedoria é isso.