sexta-feira, 7 de setembro de 2007

#105 - Diga a Domitília que eu fico, ó pá!

Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon é o nome deste rapaz, mas ele deixava você tratá-lo por Dom Pedro I.

Dom Pedro I, proclamador da independência do Brasil, possui inúmeras razões para ser aclamado no IdB! Para começar, amigo leitor, amiga leitora, hoje, 7 de setembro, você só pôde sair da cama tarde após encher a cara ontem sem culpa graças a ele! Seu brado por independência ou morte às margens do Ipiranga nos garantiu esse feriadão, gente bronzeada.

Pedro, porém, antes de tudo, era um amante de seu bigode e das mulheres. O homem deixou 18 herdeiros sobre a terra, de quatro mulheres diferentes! Se Pedro II, seu filho mais famoso, fez tudo pelo Brasil, o I viveu para as mulheres e o prazer. Não à toa aparece em todas as fotos muito mais jovem que o próprio filho, um barbado acabadão.

O nosso primeiro Imperador foi figura ímpar no mundo lusófono. Considerado Libertador nos dois lados do Atlântico, livrou a nós, brasileiros, dos portugueses, e a eles, portugueses, do Absolutismo. Desapegado dessa chatice de poder, abdicou das duas coroas. Em Portugal deixou no trono a filha Maria da Glória. No Brasil, passou o bastão para Pedro II. Vale notar que Maria da Glória, rainha de Portugal e loirinha, nasceu ali ó, em São Cristóvão, bairro que abriga vocês sabem o que.

Detalhe de quadro a óleo sobre a Independência do Brasil, de François-René Moreaux, um pintor francês então residente no Rio, que hoje é conservado no Museu Imperial de Petrópolis/RJ. Foi executado em 1844, a pedido do Senado imperial.<br />Este quadro é anterior ao de Pedro Américo e pode ter lhe servido de inspiração.O artigo da wikipédia, claramente escrito por imperialistas portugueses, relaciona a posição de d Pedro I na independência do Brasil à 'superficialidade da sua instrução'. Os verdadeiros motivos do "Fico", no entanto, só foram entendidos séculos depois, pelo poeta Marcelo Maldonado Gomes Peixoto.

"O gringo subiu o morro e bebeu cachaça
fumou maconha e obteve a graça
depois do samba sua vida
nunca mais foi a mesma"

3 comentários:

Magnum disse...

Um bigode esteticamente polêmico, pela junção bigode-suíças-cabelo. Mas certamente a relevância do conteúdo ligado à figura humana, e em especial se considerando a data, não poderia ser ignorado!

Bernardo Esteves disse...

Imagina o coitado escrevendo o nome todo na hora de fazer a ficha na primeira série!

Aline disse...

Um bigode que combina com feriadão de sol só podia ser assim: um bigode da nobreza!