Ontem, a 22 de dezembro de 2007, fez 19 anos do assassinato do seringueiro, sindicalista, ambientalista e idealista Chico Mendes.
No controverso contexto político brasileiro, Mendes foi capaz de sobreviver ao período da ditadura, quando se acostumou a perseguições, falsas acusações, ameaças de morte e até sofreu tortura. Mesmo sendo então uma figura pouco conhecida além das fronteiras do Acre, onde suas demonstrações de resistência passiva pela preservação da floresta afetavam os interesses dos grandes ruralistas e poderosos, justamente quando seria presa mais fácil, sua vida esteve resguardada.
No entanto, foi morto anos mais tarde, enquanto figura internacionalmente conhecida. Nessa época, Mendes havia recebido inspetores da ONU em Xapuri, Acre, para comprovarem a devastação da floresta e a violência contra a população local em projetos financiados por bancos internacionais. Em seguida, freqüentou palcos como o senado dos EUA e o BID, fazendo com que tais financiamentos fossem suspensos, o que lhe rendeu, a nível mundial, diversos prêmios como ambientalista e, a nível nacional, o rótulo de "inimigo do progresso".
Seus assassinos, Darcy e Darly Alves da Silva, eram fazendeiros que tiveram terras desapropriadas. Foram presos, respectivamente, em 1993 e 1996, e condenados a 19 anos de prisão mais condenações adicionais pela fuga. Nessa presente semana, Darly, com doença gástrica, foi transferido para prisão domiciliar na mesma fazenda em que tramou o assassinato de Chico Mendes.
domingo, 23 de dezembro de 2007
# 155 - Chico Mendes
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a presença do bigode
# 155 - Chico Mendes
2007-12-23T14:38:00-03:00
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