terça-feira, 2 de outubro de 2007

#121 - O melhor goleiro de todos os tempos

Sobre Barbosa foram escritas algumas das mais belas linhas da crônica esportiva brasileira. A injustiça normalmente gera mártires, e Barbosa foi o grande mártir da Copa de 50. Em 82 novamente um time infinitamente superior a todos os outros perderia o título - sem sequer chegar à final -, mas o trauma seria muito menor. O ódio gerado pela derrota no Maracanã só só se compara ao ocorrido 57 anos depois, no Monumental. Mas o caso de 2007 foi muito mais engraçado.

Perseguido durante toda a vida pelo fantasma de uma derrota que não foi culpa sua, em 1993 Barbosa diria uma das frases mais fortes e tristes da história do país: "No Brasil, a pena maior por um crime é de 30 anos. Há 43 pago por um crime que não cometi".

Morreu pobre e amargurado, ídolo reconhecido apenas pelos verdadeiros amantes do bom futebol.

"Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Gighia, na final da Copa de 50, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera."
Armando Nogueira


Este é o time do Vasco campeão carioca invicto em 1949. Uma infinidade de bigodes. Na primeira fila estão: o massagista Mário Américo, um integrante da comissão técnica, Sampaio, Augusto, Barbosa, Wílson, Laerte e dois membros da comissão técnica. Na segunda fila estão: Jorge, Alfredo II, Amílcar Giffoni (comissão técnica), o técnico Flávio Costa, Oto Glória (comissão técnica), Danilo e Eli. Na terceira fila: Nestor, Maneca, Ademir de Menezes, Lima, Ipojucan, Heleno de Freitas, Chico e Mário.

Um comentário:

Defunto Autor disse...

Não é de hoje o apego cruzmaltino ao segundo lugar.